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Angelim-vermelho
Procedência O material necessário para os estudos tecnológicos foi obtido na região amazônica, Estado do Pará.
Zonas de maior ocorrência A espécie Dinizia excelsa Ducke ocorre na região amazônica, principalmente nos Estados do Acre, Rondônia, Amazonas, Pará e Roraima. Ocorre comumente em solos sílicoargilosos ou argilosos, e se apresenta como uma das árvores mais altas da floresta amazônica. Os nomes vulgares de ANGELIM-PEDRA-VERDADEIRO, FAVEIRA-GRANDE, ANGELI FALSO, FAVEIRA-DURA e FAVEIRA-FERRO são também aplicados a esta espécie, com tendência de predomínio para o nome de ANGELIM-VERMELHO, dada a coloração que o cerne dessa madeira adquire em contato com a luz solar.
Caracteres gerais Madeira muito pesada e dura ao corte; alburno e cerne pouco diferenciados quanto a cor, cerne castanho-rosada, ás vezes com manchas castanho-escuras; texturas média a grossa; grã direita a irregular superfície lisa ao tato e sem brilho; cheiro característico na madeira verde e gosto imperceptível.
Caracteres anatômicos Parênquima axial pouco contrastado, aliforme de extensão losangular, ocasionalmente formando curtas confluências, envolvendo 2 a 4 poros, ocorrendo ainda o aliforme unilateral e eventualmente o marginal em linhas muito finas, bem como o apotraqueal difuso, às vezes disperso, ou formando agregados no sentidos a olho nu, alguns como pequenos pontos esbranquiçados, solitários predominantes (78%), múltiplos de 2 (19%) e raros múltiplos de 3; pouco predominantes (92%), variando de 1 a 5 poros por m²; de largura média, variando de 112 a 191 μm de diâmetro tangencial e média de 146 μm óleo-resina presente; elementos vasculares curtos predominantes (62%), variando de 0,20 a 0,62 mm de comprimento, média de 10 μm de diâmetro tangencial; placa de perfuração simples, horizontal e ligeiramente inclinada.Raios bisseriados predominantes (78%), trisseriados (16%) e raros uniseriados extremamente baixo (96%) e ocasionalmente baixos (4%), de 0,19 a 0,59 mm de altura e média de 0,39 mm, de 8 a 34 células de altura; pouco numerosos predominantes (75%), de 2 a 8 raios por mm; homocelulares predominantes e heterocelulares presentes, raríssimos; pontuações radiovasculares semelhantes ás intervasculares; de 5 a 9 μm de diâmetro tangencial; óleo-resina presente.Fibras libriformes; curtas predominantes (97%), de 1,05 a 1,62 mm de comprimento, média de 1,24 mm; estreitas predominantes (97%), de 12 a 25 μm de largura, média de 17 μm e de paredes muito espessas (67) e espessas (30%) predominantes; óleo-resina presente.Camadas de crescimento ligeiramente demarcadas por zonas fibrosas e por células do parênquima marginal.
Durabilidade natural A madeira de ANGELIM-VERMELHO, em ensaios de laboratório, demonstrou ser de alta resistência ao ataque de organismos xilófagos.
Tratamento preservante Em unisa de preservação, em tratamentos sob pressão com cresoto, ultilizando-se dormentes ferroviários dessa espécie, a média de absorção foi de 16 kg/m3, o que permite afirmar que essa madeira pode ser considerada da impermeável ou de modo baixa permeabilidade ás soluções preservantes.
Principais aplicações A madeira de ANGELIM-VERMELHO, por ser muito pesada e de propriedade físico-mecânicas altas, pode ser usada para aplicações externas, como pontes, postes, mourões, estacas, esteios cruzetas, dormentes e defensas; em construção civil, como vigas, caibros ripas, tacos e tábuas para assoalhos, marcos de portas e janelas paredes divisórias, degraus de escadas, cabos de ferramentas e implementos agrícolas, carroceria e vagões de trem; em construção naval e obras portuárias.
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Angico-preto
Procedência O material para os estudos tecnológicos foi obtido na região noroeste, município de Casa Branca, Estado de São Paulo.
Zonas de maior ocorrência A espécie Anadenanthera macrocarpa (Benth) Brenae tem ampla distribuição geográfica, desde o Maranhão até São Paulo, e Brasil Central; é comum na zona da mata, Estado de Minas Gerais; região oeste do Estado de São Paulo; sul do estado de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso. Além do nome ANGICO-PRETO, essa espécie é também conhecida por ANGICO, ANGICO-PRETO-RAJADO, ANGICO-RAJADO, GUARAPIRACA etc. Essa espécie ocorre também na Argentina, região norte, e no Paraguai,na região oeste, onde é conhecida por CEBIL COLORADO, CURUPAY etc.
Caracteres gerais Madeira muito pesada; cerne castanho-amarelado quando recém -cortado, passando a castanho-avermelhado, escurecendo para vermelho-queimado; apresenta abundantes veios ou manchas arroxeadas que são mais destacadas quando a madeira é recém cortada; textura média; grã irregular a revessa;superfície pouco lustrosa e irregularmente áspera;cheiro imperceptível;gosto ligeiramente adstringente. A madeira de ANGICO-PRETO recém-cortada lembra, no aspecto, a madeira de AROEIRA - Astronium urundeuva (Fr.A.) Engl.(Anacardiaceae), assim como a de CAVIÚNA - Machaerium scleroxylon Tul.(Fabaceae).
Caracteres anatômicos Parênquima axial escasso, pouco contrastado, só visível sob lente; paratraquel vasicêntrico com tendência para aliforme, eventualmente confluente; apotraqueal difuso e marginal; cristais de oxalato, abundante, geralmente em séries longas. Poros/Vasos pouco notados a olho nu no topo; dispostos irregularmente; numerosos a muito numerosos, 12 a 30 por mm2; muito pequenos a pequenos, 40 a 110 µm de diâmetro tangencial; geminados e múltiplos de 3 predominantes, mais escassos de 4 a 5 poros; placa de perfuração simples; pontuações areoladas em disposição alterna, guarnecidas. Linhas vasculares finas, numerosas, pouco destacadas, com abundante óleo-resina escuro. Raios no topo, finos, irregularmente espaçados, numerosos, visíveis só sob lente; na face tangencial, irregularmente dispostos, pouco visíveis mesmo sob lente; sem contraste na face radial; homocelulares de células procumbentes; multisseriados, predominando os tri e tetrasseriados, raramente mais largos; uni e bisseriados escassos, extremamente baixos, 100 a 480 µ m de altura; pouco numerosos, 6 a 8 por mm; pontuações radio-vasculares; óleo-resina abundante e cristais de oxalato. Fibras com parede muito espessa; pontuações simples. Camadas de crescimento demarcadas por diferença de tamanho dos poros e, eventualmente, por finas linhas de parênquima marginal.
Durabilidade Natural A madeira de ANGICO-PRETO, segundo observações práticas, nas zonas de ocorrência, é considerada de alta resistência ao apodrecimento.
Tratamento Preservante A madeira de ANGICO-PRETO,em ensaios de laboratório, em tratamentos sob pressão, demonstrou ter baixa permeabilidade às soluções preservantes.
Principais Aplicações A madeira ANGICO-PRETO por ser muito pesada, de elevada resistência mecânica e de alta durabilidade,é indicada para construção de estruturas externas, como estacas, esteios, postes, mourões, dormentes, cruzetas, madeiramento de currais, obtenção de folhas faqueadas para lambris, peças torneadas, móveis, como vigas, caibros, ripas, marcos de portas e janelas, tacos e tábuas para assoalhos, réguas para medir madeira serrada etc.
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Angico-vermelho
Procedência O material lenhoso para os estudos tecnológicos foi obtido na região norte do Estado do Rio Grande do Sul.
Zonas de maior Ocorrência A espécie Parapiptadenia rigida (Benth.) Brenae ocorre em florestas pluviais, desde o vale do rio Paranapanema, Estado de São Paulo, norte e oeste do Estado do Paraná, até o Rio Grande do Sul, regiões norte e noroeste; aparece com certa freqüência no vale do rio Xapecó, Estado de Santa Catarina. Além do nome ANGICO-VERMELHO, recebe os de ANGICO-CEDRO, ANGICO-ROSA, ANGICO-DE-CORTUME etc. Eventualmente recebe, nos Estados de São Paulo e Paraná, o nome de GUARUCAIA, que deve prevalecer para a espécie Peltophorum vogelianum Walp.,Caesal-piniaceae. Ocorre, também, na Argentina, Província de Missiones, e na região do Paraguai,onde é conhecida por ANCHICO-COLORADO,CURUPAY-RA,CURUPAY-NA etc.
Caracteres Gerais Madeira pesada, cerne de cor uniforme, castanho ou castanho-amarelado, escurecendo para castanho-avermelhado; alburno distinto, branco-amarelado, textura média; grã direita a irregular; superfície irregularmente lustrosa; cheiro imperceptível; gosto levemente adstringente.
Caracteres Anatômicos Parênquima axial pouco contrastado, visível só sob lente, paratraqueal escasso e vasicêntrico confluente, ocasionalmente formando arranjos oblíquos; ocorre ainda o difuso e o marginal; cristais em séries e óleo-resina presentes. Poros/Vasos visíveis a olho nu; dispostos irregularmente; solitários, ovais ou arredondados e múltiplos radiais de 2 a 3 e, em menor número, de 4 poros; pouco numerosos a numerosos, 8 a 14 por mm2 , pequenos a médios,60 a 200 µm de diâmetro tangencial;placa de perfuração simples, levemente oblíqua; pontuações intervasculares em disposição alterna, guarnecidas, pequenas, 8 µm de diâmetro tangencial; óleo-resina comum. Raios no topo, finos e numerosos, irregularmente afastados, visíveis só sob lente; na face tangencial, irregularmente dispostos, visíveis só sob lente; pouco contrastados na face radial; homocelulares de células procumbentes; poucos a pouco numerosos,6 a 10 por mm; extremamente baixos, até 350 cm de altura, bi e trisseriados predominantes, raramente com mais células de largura; pontuações radiovasculares do mesmo tipo das intervasculares; óleo-resina abundante. Fibras de paredes grossas e de pontuações simples. Camadas de crescimento usualmente presentes, devido ao parênquima marginal ou fibras achatadas de paredes mais grossas.
Durabilidade Natural A madeira de ANGICO-VERMELHO, em condições favoráveis ao apodrecimento, é considerada de alta durabilidade material, segundo observações práticas a respeito de sua utilização.
Tratamento Preservante A madeira de ANGICO-VERMELHO, com fibras de lume reduzido e poros obstruídos por óleo-resina e tilos,em tratamentos experimentais sob pressão, demonstrou ter baixa permeabilidade às soluções preservantes.
Principais Aplicações A madeira ANGICO-VERMELHO, sendo de durabilidade natural alta e resistência mecânica média, é indicada para construção de estruturas externas, estacas, esteios, postes, cruzetas, mourões ,dormentes, em construção civil, como vigas, caibros, ripas, marcos de portas e janelas, tacos e tábuas para assoalhos, peças torneadas etc.
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Cedro
Procedência O material lenhoso para os estudos tecnológicos foi obtido no Estado de São Paulo, na Alta Sorocabana, município de Cândido Mota e, ainda do norte do Estado do Paraná e vale do Itajaí, Estado de Santa Catarina.
Zonas de Maior Ocorrência O gênero Cedrela em nosso País, segundo os mais recentes trabalhos, é representado por várias espécies, sendo, porém, 3 as principais: C. odorata L., comum na floresta amazônica, em terra firme em várzeas altas, estendendo-se até o norte do Estado do Espírito Santo; C. angustifolia S.& Moc em floretas úmidas da região costeira, desde o Estado do Espírito Santo até o Sul do País e, finalmente, C.fissilis Vell., Em matas do interior, desde o Estado de Minas Gerais até o do Rio Grande do Sul. Devido a grande diversificação nas aplicações da madeira de CEDRO, torna-se uma das mais importantes em nosso País. As suas madeiras, semelhantes quanto ao aspecto e estrutura anatômica, são indistintamente conhecidas em todo o País por Cedro e, dependendo da cor castanha que as caracterizaram ser mais ou menos acentuada, por CEDRO-ROSA, CEDRO-VERMELHO, CEDRO-BRANCO etc. No comércio internacional, as madeiras de Cedrela são conhecidas por CEDAR, CEDER, CEDRO etc.
Caracteres Gerais Madeira leve; cerne variando do bege-rosado-escuro ou castanho-claro-rosado, mais ou menos intenso, até ao castanho-avermelhado; textura grossa; grã direita ou ligeiramente ondulada, superfície lustrosa em com reflexo dourados; cheiro característico, agradável, bem pronunciado em algumas amostras, quase ausentes em outras; gosto ligeiramente amargo.
Caracteres anatômicos Parênquima axial apotraqueal marginal, em faixas regulares, afastadas e contrastadas, distintas a olho nu, com 1 a 7 células de largura e difuso e escasso; Seriados de 2 a 6 celulas pro serie; óleo-resina abundante. Poros/Vasos os de maior diâmetro bem distintos a olho nu, freqüentemente dispostos em anéis porosos; os demais distribuídos uniformemente nos anéis de crescimento; solitários em pequenas maioria e múltiplos radiais de 2 a 5; muito poucos a numerosos, 1 a 8 poros por mm2; pequenos a grandes, 80 a 260 µm de diâmetro tangencial;óleo-resina ou substância branca presentes; placa de perfuração simples; pontuações intervasculares alternas, poligonais, pequenas a médias, 5 a 10 µm de diâmetro; elementos vasculares, curtos a longos, 260 a 650 µm. Linhas vasculares distintas, largas, contendo óleo-resina escura e pontos de substâncias branca. Raios no topo, irregularmente espaçados,finos, visíveis a olho nu; na face tangencial irregularmente dispostos, notados a olho nu, pouco contrastados na face radial; homocelulares e heterocelulares, com uma fileira de células quadradas marginais; multisseriados, 2 a 4 células de largura, pré-dominados os trisseriados (60%); extremamente baixos, 80 a 400 µm de altura, em células, até 22 de altura; muito poucos a pouco numerosos, 2 a 6 raios por mm; pontuações radiovasculares semelhantes às intervasculares; óleo-resina e cristais romboides presentes. Fibras curtas ( 80%) a longas de 1,0 a 1,7 mm de comprimento, estreitas a médias (85%) de 19 a 34 µm de largura; muito delgadas a delgadas (75%). Canais secretores traumáticos presentes.Camadas de crescimento demarcadas pelas faixas do parênquima marginal e pelos poros de maior diâmetro com tendência a formar anéis porosos.
Durabilidade natural A madeira de CEDRO é considerada de resistência moderada ao ataque de organismos xilófagos, segundo observações práticas a respeito de sua utilização.
Tratamento preservante A madeira de CEDRO em tratamentos experimentais sob pressão, demonstrou ser de baixa permeabilidade às soluções preservantes.
Principais aplicações A madeira de CEDRO,por apresentar retratibilidade linear e volumétrica baixa, propriedade mecânicas entre baixa e média, é particularmente, indicada para partes internas de móveis finos, folhas faqueadas decorativas, contraplacados, embalagens decorativas, molduras para quadros, modelos de fundição, obras de entalhe, artigos de escritório, instrumentos musicais; em construção civil, como venezianas, rodapés, guarnições, cordões, forros, lambaris; em construção naval, com acabamentos internos decorativos, cascos de embarcações leves, cabos de vassoura,etc. A madeira de CEDRO classifica-se entre as madeiras leves, que tem mais diversificação de utilização e é superada somente pela madeira do PINHO-DO-PARANÁ - Araucária Angustifólia (BERT.) O. Kuntze.
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Faveiro
Procedência O Material lenhoso para os estudos tecnológicos foi obtido no município de Cafelândia, região centro-oeste do Estado de São Paulo.
Zonas de maior ocorrência A espécie Pterodon pubescens Benth, ocorre com certa freqüência na região oeste dos Estados de Minas Gerais e São Paulo, sul e centro dos Estados de Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Rondônia e Goiás. Além do nome FAVEIRO, essas espécie é também conhecida por SUCUPIRA-BRANCA e SUCUPIRA-LISA. A madeira de FAVEIRO é muito semelhante quanto ao aspecto, peso e, também quanto a estrutura anatômica com a madeira de CUMBARU OU BARU - Dipteryx alata Vog, comum também nas mesmas regiões de ocorrência do FAVEIRO.
Caracteres gerais Madeira pesada; cerne variando do castanho-claro-amarelando ao castanho, ou ainda castanho-rosado levemente avermelhado; textura média grã irregular ou revessa superfície pouco lustrosa, apresentando finíssimas estrias longitudinais das linhas vasculares; cheiro e gesto imperceptíveis.
caracteres anatômicos Parênquima axial pouco contrastado, escasso, visível só sob lente, envolvendo parcialmente os vasos e, ainda, o confluente; estratificado, seriado, com 2 a 4 células por série, mais comum 4; cristais raros.Poros/Vasos pouco visíveis a olho nu, de secção ovalada, ás vezes bem acentuada; pequenos a médios, 60 a 180 μm de diâmetro tangencial; pouco numerosos, 12 a 22 por m²; solitários em pequena maioria geminados e múltiplos de 3 até 5; placa de perfuração simples; pontuações intervasculares alternas, guarnecidas, 9 a 12 μm de diâmetro abertura inclusa.Raios no topo finíssimos, numerosos, visíveis só sob lente; em disposição estratificada; homocelulares de células procumbentes; uni e bisseriados; extremamente baixos, 100 a 200 μm de altura; numerosos a muito numerosos, 7 a 15 raios por mm; pontuações radiovasculares grandes, abertura larga.Fibras de diâmetro reduzido paredes muito grossas; pontuações simples.Estratificação completa de todos os elementos anatômicos.Camadas de crescimento demarcadas pelo parênquima marginal em fileiras contínuas de 2 a 3 células.
Durabilidade natural A madeira de FAVEIRO, em ensaios de laboratórios, demonstrou alta resistência ao ataque de organismos xilófagos, segundo observações práticas a respeito de sua utilização.
Tratamento preservante A madeira de FAVEIRO,por ter seus poros obstruídos por tilos, óleo-resina etc.., quando submetida a tratamento sob pressão, apresenta baixa permeabilidade ás soluções preservantes.
Principais aplicações A madeira de FAVEIRO, por ser pesada, de retratibilidade baixa, resistência mecânica entre média e alta, e ainda, por ter elevada resistência aos organismos xilófagos, é indicada para construções de estruturas externas, estacas, postes, mourões dormentes, cruzetas; em construção civil, como vigas, caibros, ripas, marcos de portas e janelas, tábuas e tacos para assoalhos, esquadrias, tacos para pavimentos de indústrias; implementos agrícolas, carroceria etc.
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Freijó
Procedência O material lenhoso para os estudos tecnológicos foi obtido na região de Belém, Estado do Pará.
Zonas de maior ocorrência A espécia Cordia goeldiana Huber ocorre com certa freqüência no Estado do Pará, no extremo nordeste no baixo Tocantins e seus afluentes e na região de Marabá, em matas altas de terra firme. Ocorre, ainda no Acre, Rondônia e Mato Grosso. O gênero Cordia, no Brasil, é representado, no sul do País, pela espécie C. trichotoma (Vell.) Arrab, LOURO-PARDO, que ocorre em matas litorâneas desde o sul do Estado da Bahia até o de Santa Catarina, estendendo-se até Argentina e Paraguai, cuja madeira, apreciada nos mercados internos e externos, é muito semelhante, tanto pelo aspecto como pelas caracteres anatômicos à de FREIJÓ, embora um tanto mais pesada. Na região nordeste do Estado de Mato Grosso ocorre ainda outra espécie, C. Glabrata (LOURO-PRETO), também de alto valor comercial cuja madeira mais pesada que as duas outras espécies apresenta-se de cor pardo-escuro, com estrias longitudinais irregulares, quase pretas, o que faz distinguí-la facilmente das de LOURO-PARDO e FREIJÓ. No comércio internacional a madeira de FREIJÓ é conhecida por BRASIL WALNUT, CORDA WOOD e JENNY WOOD.
Caracteres gerais Madeira moderadamente pesada ceme pardo-claro-amarelado ou, também, pardo-claro-acastanhado, eventualmente com reflexos róseos, uniformes; textura média grã direita; superfície lustrosa, acentuadamente nas faces radiais, moderadamente áspera ao tato; cheiro peculiar, mas pouco acentuado, gosto imperceptível.
Caracteres anatômicos Parênquima axial escasso e sem realce, o que o torna indistinto mesmo sob lente; vasicêntrico e aliforme, ocasionalmente confluente, difuso e, ainda, marginal em linhas curtas, irregulares; seriado com 2 a 4 células por série; óleo-resina presente.Poros/Vasos visíveis a olho nu; pequenos a grandes, 90 a 280 um, maioria (58%) entre 100 a 200 um de diâmetro tangencial muito poucos a pouco numerosos até 8 poros por m², predominando de 3 a 5 (60%); solitários (70%) e múltiplos de 2 a 4, ocorre ainda pequenos grupos de poros; parcialmente obstruídos por tilos; elementos vasculares muito curtos, 300 a 400 um de comprimento placa de perfuração simples cuja área é ligeiramente oblíqua; pontuações intervasculares pequenas, 5 a 7 μm de diâmetro tangencial, alternas com abertura horizontal; óleo-resina presente. Linhas vasculares distintas, longas, espaçadas e profundas. Raios no topo, distintos a olho nu, irregularmente dispostos; na face tangencial, irregularmente afastados, na face radial, o espelhado dos raios é bastante contrastado, distintos a olho nu, refletindo um brilho intenso característico; heterocelulares, compostos na parte central por células quadradas e eretas, e as marginais de uma única camada acuminada apresentando células envolventes; extremamente baixos a medianos, 390 a 2 100 um de altura, sendo de 1 000 um, com até 90 células de altura; multisseriados, 3 a 6 células de largura; muito poucos a poucos, de 2 a 4, com predominância de 3 a 4 raios por mm; pontuações radiovasculares menores de 10 um de diâmetro, semelhantes ás intervasculares; óleo-resina relativamente abundante; cristais romboidais isolados. Fibras curtas de 1.100 a 1.500μm, a longas de 1.600 a 1.900 μm de comprimento paredes delgadas as espessas; pontuações simples, com vestígios de aréolas.Camada de crescimento caracterizadas por zonas de fibras mais espessas.
Durabilidade natural A madeira de FREIJÓ, em condições adversas é considerada de resistência moderada ao ataque de organismos xilófagos, segundo observações práticas a respeito de sua utilização.
Tratamento preservante A madeira de FREIJÓ, por apresentar seus poros parcialmente obstruídos por óleo-resina e tilos, deve ser de baixa permeabilidade às soluções preservantes em tratamentos sob pressão.
Principais aplicações A madeira de FREIJÓ, por ter cor parda-centa, agradável, com retratibilidade baixa e propriedades mecânicas médias, é particularmente indicada para móveis finos, folhas faqueadas decorativas, lambris, painéis; em construção civil, como caixilhos, persianas, venezianas, ripas acabamento interno, molduras, guarnições, sarrafos; em construção da estrutura de hélices de pequenos aviões, de barcos de recreio, laterais de escada etc.
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Garapa ou Grapiapunha
Procedência O material lenhoso para os estudos tecnológicos foi obtido no norte do vale do rio Uruguai, Estado do Rio Grande do Sul.
Zonas de maior ocorrência A espécie Apuleia leiocarpa (Vog.) Macbr., segundo alguns autores é representada, em toda mata brasileira, desde a Amazônia até o Rio Grande do Sul, pelas espécies A.molaris Spruce, que ocorre na Amazônia, principalmente no Estado do Pará, onde é conhecida, por MUIRAJUBA, BARAJUBA, MUIRATAUÁ etc., e A leiocarpa (Vog.) Macbr., ocorrendo na região sul do País com maior freqüência, desde o sul do Estado da Bahia, em matas litorâneas, até o Rio Grande do Sul, recebendo os nomes vulgares de AMARELINHO, GEMA-DE-OVO, GRÁPIA, JATAÍ-AMARELO etc. É encontrada, ainda no Estado do Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Rondônia, Goiás, norte do Estado do Paraná, vale do rio Chapecó, Estado de Santa Catarina, assim como no Uruguai, Argentina e Paraguai.
Caracteres gerais Madeira pesada; cerne variando do bege-amarelado ou amarelo levemente rosado, até o róseo-acastanhado, uniforme; alburno diferenciado, branco-amarelado; textura média; grã irregular para revessa; superfície lustrosa e lisa ao tato; cheiro e gosto imperceptíveis.
Caracteres anatômicos Parênquima axial abundante, pouco notado a olho nu; aliforme com prolongamentos longos e confluentes, formando faixas tangenciais, onduladas e irregulares, marginal ocasionalmente, em faixas finas e interrompidas; óleo-resina e cristais presentes.Poros/Vasos pouco notados a olho nu; solitários, ligeiramente predominantes e múltiplos de 2 a 4 pequenos a médios, 70 a 145 μm de diâmetro tangencial; placa de perfuração simples e com pontuações em pares areoladas em disposição alterna, guarnecidas e grande, 10 a 12 μm de diâmetro. Raios no topo, finos, numerosos, regularmente distribuídos, visíveis mesmo sob lente; pouco contrastados na face radial; estratificados; heterocelulares pouco acentuados; bisseriados predominantes e trísseriados.Estratificação completa e regular de todos os elementos celulares; 3 a 4 extratos por mm. Fibras de paredes grossas, pontuações simples e septadas.Camadas de crescimentos aparentemente demarcadas por zonas fibrosas ou por linhas finas de parênquima marginal.
Durabilidade natural A madeira de GARAPA OU GRAPIAPUNHA, em ensaios de laboratório, demonstrou ter resistência moderada ao apodrecimento e baixa resistência ao ataque de cupins de madeira seca.
Tratamento preservante A madeira de GARAPA OU GRAPIAPUNHA, em ensaios de laboratórios, quando submetida à impregnação sob pressão, demonstrou ser de baixa permeabilidade às soluções preservantes.
Substância voláteis As sustâncias voláteis obtidas por destilação por arraste em vapor de folhas, casco e madeira não apresentaram interesse econômico pelas quantidades produzidas.
Substâncias tanantes As substâncias tanantes, determinadas em extrato aquoso de folhas, casca e madeira, não apresentaram interesse econômico pelas quantidades obtidas.
Principais aplicações A madeira de GARAPA OU GRAPIAPUNHA, por ser pesada, de durabilidade natural moderada, de resistência mecânica entre média e alta, é indicada para construção de estruturas externas, dormentes postes, estacas, mourões, carrocerias em construção civil, como vigas, caibros, ripas, tábuas e tacos para assoalhos, marcos de portas e janelas etc.;barris de cerveja, cabos de ferramentas; construções navais, como estruturas, quilhas etc.
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Imbuia
Procedência O material lenhoso para os estudos tecnológicos foi obtido no norte do Estado do Paraná.
Zonas de maior ocorrência A área de dispersão de IMBUIA é ampla, abrangendo o interior dos Estados do Paraná e de Santa Catarina, em submata, associando-se com o PINHO-DO-PARANÁ - Araucaria angustifolia, onde pode formar adensamentos dominantes. Hoje, sendo bastante escassa, a sua exploração se concentra em árvores de diâmetro mais reduzido, cuja madeira não apresenta as mesmas características tecnológicas quanto ao aspecto, que eram altamente apreciadas, principalmente pelo comércio internacional. O nome IMBUIA, que caracteriza bem a espécie Ocotea porosa (Nees ex Mart.) Barroso é adotado tanto no comércio nacional como no internacional. É ainda conhecida por CANELA-IMBUIA, IMBUIA-AMARELA, IMBUIA-BRAZINA, IMBUIA-RAJADA etc.Certas CANELAS, que ocorrem na mesma região, por apresentarem o aspecto que lembra o de IMBUIA, são freqüentemente introduzidas no comércio sob o mesmo nome.
Caracteres gerais Madeira moderadamente pesada e dura ao corte; cerne extremamente variável, do pardo-amarelado ao pardo-acastanhado e do pardo-escuro-acastanhado ao pardo-havana-claro; grã direita à revessa; textura média, cheiro característico; superfície irregularmente lustrosa, geralmente apresenta veios ou estrias paralelas, gosto um tanto amargo e adstringente.
Caracteres anatômicos Parênquima axial indistinto mesmo sob lente; vasicêntrico escasso, com 1 a 3 células de largura; seriado, com 2 a 7 células por série; óleo-resina presente; células olefferas junto aos poros e dispersas entre as fibras. Poros/Vasos pouco visíveis a olho nu; solitários predominantes, germinados e raros múltiplos de 3; numerosos, média de 89 μm de diâmetro tangencial; óleo-resina e tilos presentes; placa de perfuração simples.,ocasionalmente múltipla, escalriforme, com poucas barras; elementos vasculares longos, média de 600 μm de comprimento; pontuações intervasculares grandes, média de 11 μm de diâmetro tangencial.Raios visíveis sob lente, tanto no topo como nas faces longitudinais; pouco numerosos, média de 5 raios por mm; extremamente baixos, média de 0,4 mm de altura e média de 20 células de altura; bisseriados predominantes; heterocelulares, com uma camada de células marginais quadradas; pontuações radiovasculares simples, arredondadas a alongadas, grandes, média de 16 μm de diâmetro tangencial; células olefferas presentes nas extremidades dos raios; óleo-resina presente Fibras septadas, libriformes; curtas, média de 1 mm, de comprimento estreitas, média de 23 μm de largura; de paredes delgadas.Camadas de crescimento demarcadas por zonas fibrosas mais escuras, devido a maior espessura e achatamento das paredes das fibras.
Durabilidade natural A madeira de IMBUIA, segundo observações práticas a respeito de sua utilização, é considera resistente ao ataque de organismos xilófagos.
Tratamento preservante A madeira de IMBUIA, em ensaios de laboratório, quando submetida a tratamentos sob pressão, demonstrou ser impermeável às soluções preservantes.
Principais aplicações A madeira de IMBUIA, por ser moderadamente pesada, de cor agradável e de propriedades mecânicas média, pode ser usada para móveis de luxo, folhas faqueadas decorativas, acabamentos internos, tábuas e tacos para assoalhos, marcos de porta, veneziana, vigas, caibros, ripas, entalhes, coranhas de arma de fogo, esquadrias, peças torneadas e instrumentos musicais.
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Ipé-pardo
Procedência O matérial lenhoso para os estudos tecnológicos foi obtido na região norte do Estado do Paraná.
Zonas de maior ocorrência A espécie Tabebuia ochracea (Cham.) Rizz, ocorre no interior dos Estados do Paraná São Paulo e Minas gerais. Essa espécie, dentro do gênero Tabebuia, pertence ao grupo que reúne várias espécies produtoras de madeiras pesadas, duras, de coloração pardo-acastanhada, com seus poros obstruídos por "lapachol", também conhecido por ipeína, de cor amarela-esverdeada.Essas espécies recebem nomes vulgares típicos, conforme a região de ocorrência.Assim, desde a Amazônia até o sul, desde os Estados do Rio de Janeiro e Minas Gerais até o Rio Grande do Sul são conhecidas por IPÊ, IPÊ-AMARELO, IPÊ-ROXO,IPÊ-PRETO, IPÊ-UNA etc., enquanto que na região sul dos Estados de Mato Grosso e Goiás são conhecidas por PIÚNA, PIÚNA-AMARELA, PIÚNA-ROXA etc.
Caracteres gerais Madeira muito pesada e muito dura ao corte; cerne castanho-claro, com reflexos amarelados ou esverdeados; alburno estreito, branco-amarelado, distinto do cerne; textura fina; grã irregular a revessa; superfície sem brilho e lisa ao tato; cheiro e gosto imperceptíveis.
Caracteres anatômicos Parênquima axial indistinto sob lente; vasicêntrico a aliforme com aletas curtas; confluente, chegando a formar faixas curtas, de 2 a 6 células de largura e, ainda, marginal com uma só fileira de células; seriado, com 2 a 4 células por série; estratificado. Poros/Vasos visíveis sob lente; solitários predominantes (77%) e múltiplos de 2 a 6; pequenos, média de 85 um de diâmetro tangencial; numerosíssimos, média de 47 poros por m² placa de perfuração simples, horizontal a ligeiramente oblíqua; elementos vasculares muito curtos, média de 251 um de comprimento pontuações intervasculares circulares, grandes média de 12 um de diâmetro; tilos escassos; ipeína presente.Raios visíveis sob lente na face transversal e na face longitudinal tangencial sua estratificação é distinta a olho nu; contrastados na face radial; extremamente baixo, médias de 0,13 mm de altura e média de 9 células de altura de 2 a 4 células de largura predominando os trisseriados (68%); numerosos, média de 8 raios por mm; homocelulares; pontuações radiovasculares semelhantes às intervasculares.Fibras libriformes; muito curtas, média de 0,98 mm de comprimento estreitas, média de 13 um de largura e com paredes muito espessas predominantes (97%). Estratificação presente, completa, de todos os elementos. Camadas de crescimento demarcadas pela parênquima marginal.
Durabilidade natural A madeira de IPÊ-PARDO, em ensaios de laboratórios, demonstrou ser de alta resistência ao ataque de organismos xilófagos.Em observações práticas a respeito de sua utilização, é considerada muito resistente ao apodrecimento.Quanto a resistência à ação de brocas marinhas, é classificada entre aquelas que apresentam baixa resistência a esses moluscos.
Tratamento preservante A madeira de IPÊ-PARDO, com poros obstruídos por óleo-resina e tilo, em ensaios de laboratório, em tratamentos sob pressão, demonstrou ser impermeável às soluções preservantes.
Principais aplicações A madeira de IPÊ-PARDO, por ser muito pesada e de propriedades mecânicas alta, pode ser usada para acabamentos internos, artigos de esporte, como bolas de bocha e boliche, cabos de ferramentas e implementos agrícolas; construções externas, como estruturas dormentes, cruzetas, esquadrias, lambris, peças torneadas, tacos e tábuas para assoalhos, vagões, carrocerias, instrumentos musicais, defensas e degraus de escadas etc.
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Jatobá ou Jataí
Procedência O material lenhoso para os estudos tecnológicos foi obtido na região norte do Estado do Paraná.
Zonas de maior ocorrência O gênero Hymenaea, representando por 13 espécies, ocorre em todo o País, tanto em matas pluviais como em matas secas.Ocorre, também, desde o México até a Bolívia e Paraguai, onde as suas espécies são conhecidas mais comumente por GUAPINOL, JATAYVÁ E TIMBARY-AVATÍ. A maioria das espécies fornece madeira de valor comercial, sendo muito apreciada tanto no âmbito nacional como no internacional. A espécie Hymenaea stilbocarpa Hayne, que ocorre desde o Estado do Piauí até o Paraná, além de receber os nomes de JATOBÁ e JATAÍ é conhecida ainda por JATAÍBA, FARINHEIRA, BURANDÃ etc. A espécie mais comum na Amazônia é Hcourbaril L. que, juntamente com as demais espécies dessa região é conhecida por JUTAÍ-MIRIM, JUTAÍ -VERMELHO etc. e, no comércio internacional, por COURBRARIL e LOCUST-TREE, indistintamente.
Caracteres gerais Madeira muito pesada e muito dura ao corte; cerne variável quanto á cor, de castanho-claro-rosado ao castanho-avermelhado, com tonalidades mais ou menos intensas alburno espesso, nitidamente diferenciado branco ligeiramente amarelado; textura média, uniforme; grã de regular a irregular; superfície pouco lustrosa e ligeiramente áspera; cheiro e gosto imperceptíveis.
Caracteres anatômicos Parênquima axial em faixas marginais afastadas, visíveis a olho nu, intercaladas por parênquima aliforme, escasso, visível só sob lente; cristais romboidais em células subdivididas presentes.Poros/Vaso visíveis sob lente; solitários e múltiplos de até 4 predominando os primeiros; poucos média de 3 poros por m² ; médios, média de 190 μm de diâmetro tangencial; óleo-resina presente; placa de perfuração simples; elementos vasculares muito curtos a longos, médias, média 410 μm de comprimento, pontuações médias. Média de 8 μm de diâmetro tangencial, alternas, poligonais, com aberturas horizontais inclusas e guarmecidas. Raios visíveis sob lente no topo e nas faces longitudinais; pouco numerosos, média de 5 raios por mm; extremamente baixos, média de 37 mm de altura, média de 20 células de altura; de 1 a 7 células de largura, sendo mais comuns os de 5 a 6; homocelulares multisseriados, com células marginais procumbentes diferenciadas; pontuações radiovasculares semelhantes ás intervasculares Fibras libriformes, muito longas, média de 2,1 mm de comprimento; estreitas a médias, média de 21 um de largura e de paredes espessas a muito espessas predominantes; óleo-resina presente.Camadas de crescimento distintas, demarcadas pelo parênquima marginal.
Durabilidade natural A madeira de JATOBÁ ou JATAÍ, em ensaios de laboratório, demonstrou ser de resistência média a alta ao ataque de organismos xilófagos.
Tratamento preservante A madeira de JATOBÁ ou JATAÍ, em ensaios de laboratório, quando submetida à impregnação sob pressão, demonstrou ser pouco permeável às soluções preservantes.
Principais aplicações A madeira de JATOBÁ OU JATAÍ, por ser muito pesada e de propriedades mecânicas altas, pode ser usada para acabamento internos, como vigas, caibros, ripas, marcos de portas, tacos e tábuas para assoalhos, artigos de esporte, cabos de ferramentas e implementos agrícolas, construções externas, como dormentes e cruzetas, esquadrias, folhas faqueadas decorativas, móveis, peças torneadas, carrocerias, vagões etc.
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Louro preto
Procedência O material lenhoso para os estudos tecnológicos foi obtido na região de Tucuruí, Estado do Pará.
Zonas de maior ocorrência A área de dispersão do gênero Ocotea abrange todo o território brasileiro, com maior variedade de espécie na região amazônica, onde as espécies desse gênero são conhecidas por LOUROS e na região centro-sul por CANELAS.
Caracteres gerais Madeira moderadamente pesada e macia ao corte; cerne castanho a pardo levemente amarelados textura média; grã direita a irregular; superfície lustrosa e lisa ao tato; cheiro e gosto imperceptíveis.
Caracteres anatômicos Parênquima axial muito pouco visível mesmo sob lente; vascêntrico escasso, com 2 a 4 células de largura às vezes confluentes, devido à proximidade dos poros; células olefferas abundantes; sílica amorfa presente. Poros/Vasos pouco notados a olho nu; solitários predominantes (73%), geminados (22%) e raros múltiplos de 3 a 4 poros, médios predominantes (69%) e grandes (30%), média de 180 μm de diâmetro tangencial; pouco numerosos predominantes (79/%); e poucos (18%), média de 8 poros por m² elementos vasculares longos a muito longos predominantes (88%) média de 700 μm de comprimento pontuações intervasculares poligonais a circulares ou ovaladas, na maioria grandes (97%), média de 12 μm de diâmetro tangencial; placa de perfuração simples; tilos de paredes finas abundantes; óleo-resina escasso.Raios pouco notados a olho nu no topo e na face tangencial, na face radial o espelhado dos raios é pouco contrastado; multisseriados, de 2 a 4 células de largura extremamente baixos a muito baixos (99%), média de 0,55 mm de altura, de 5 a 38 células de altura, média de 17 células; pouco numerosos predominantes (82%), vapor mm; heterocelulares, com uma camada de células marginais quadradas; pontuações radiovasculares semelhantes ás intervasculares; células oleferas presentes nas extremidades do raios; sílica amorfa presente.Fibras libriformes septadas; curtas e longas predominantes (92%), média de 1,47 mm de comprimento; de largura média predominantes (81%) e estreitas (13%), média de 31 um de largura de paredes delgadas predominantes (76%)e espessas (20%); sílica amorfa abundantes. Camadas de crescimento pouco demarcadas por zonas fibrosas mais escuras.
Durabilidade natural A madeira de LOURO-PRETO, em ensaios do laboratório, demonstrou ser resistente ao ataque de organismos xilófagos.
Tratamento preservante A madeira de LOURO-PRETO, em ensaios de laboratórios, quando submetidas à impregnação sob pressão demonstrou ser bastante permeável às soluções preservantes.
Principais aplicações A madeira de LOURO-PRETO, por apresentar propriedades mecânicas médias, ser de cor agradável e de boa trabalhabilidade, é indicada para a fabricação de móveis de alta classe e folhas faqueadas decorativas. Em construção civil pode ser usada em rodapés, treliças tábuas, venezianas, tábuas, para assoalhos etc., podendo ser usada também, em construção naval e cutelaria.
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Maçaranduba ou Paraju
Procedência O material lenhoso para os estudos tecnológicos foi obtido na Reserva Florestal de Linhares, Estado do Espírito Santo.
Zonas de maior ocorrência A espécie Manilkara longifolia (A DC. ) Dub é muito freqüente nas matas litorâneas do sul do Estado da Bahia, norte do Estado do Espírito Santo, atingindo o vale do rio Doce. Os nomes vulgares MAÇARANDUBA E PARAJU são aplicados, na maioria das vezes, indistintamente ás espécies comuns na região, devido à semelhança de suas árvores e de suas madeiras, que têm as mesmas aplicações.
Caracteres gerais Madeira muito pesada; cerne avermelhado, uniforme, escurecendo para vermelho-chocolate, mais ou menos intenso, tornando, às vezes, nuanças levemente arroxeado; alburno diferenciado, bege-acastanhado textura média uniforme; grã direita; superfície pouco lustrosa e pouco lisa ao tato; cheiro imperceptível; gosto ligeiramente adstringente.
Caracteres anatômicos Parênquima axial pouco contrastado, visível só sob lente, apotraqueal, em linhas de 1 a 3 células de largura, concêntricas; óleo-resina presente. Poros/Vasos visíveis só sob lente, com tendência a formar pequenos agrupamentos radiais ou oblíquos; pequenos a médios, diâmetro tangencial de 60 a 140 μm pouco a pouco numerosos, 5 a 13 por m²; solitários em maioria, menos freqüentes múltiplos de 2 a 4; pontuações intervasculares alternas, pequenas 4 a 5 μm; placa de perfuração simples.Raios no topo, visíveis só sob lente, numerosos, regularmente espaçados; na face tangencial, indistintos mesmo sob lente; na face radial, visíveis sob lente; heterocelulares, geralmente com 1 a 4 células marginais eretas; bisseriados em maioria, menos freqüentes unisseriados e raríssimos trisseriados extremamente baixos a muito baixos, até 800μm de altura; numerosos a muito numerosos 7 a 13 raios por mm; óleo-resina abundante; pontuações radiovasculares simples, grande, ovais e alongadas. Fibras de parede grossas e lume reduzido; pontuações simples.Camadas de crescimento indistintas, ou mal definidas, aparentemente demarcadas por zonas fibrosas, às vezes conjuntamente com linhas tangenciais do parênquima axial.
Durabilidade natural A madeira de MAÇARANDUBA ou PARAJU, em ensaios de laboratório, demonstrou ter resistência moderada a alta ao apodrecimento.
Celulose para papel A análise química da madeira de MAÇARANDUBA ou PARAJU revelou um teor de celulose Cross & Bevan de 56,8% e teor de lignina de 28,6%. A madeira deslignificada, até número de permanganato de 13,6, produziu 36,9% de pasta depurada e 7,3% de rejeitos.As fibras de pasta celulósica apresentaram um comprimento médio de 1,33 mm e largura média de 0,037 mm. Os ensaios mecânicos do papel produzido em laboratório a partir da celulose refinada até 45 SR, indicaram valores de 5 414 m para o comprimento de auto-ruptura e fator de rasgo de 159.
Substancias tanantes As substâncias tanantes, determinadas em extrato aquoso de folhas, casca e madeira, não apresentaram interesse econômico pelas quantidades obtidas.
Principais aplicações A madeira de MAÇARANDUBA ou PARAJU, por ser muito pesada, de resistência mecânica alta e ter boa durabilidade natural, é indicada para construção de estruturas externas,dormentes, postes, estacas, mourões cruzetas etc.; em construção civil, como vigas, caibros, tabuas e tacos para assoalhos, defensas etc.
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Peroba Rosa
Procedência O Material lenhoso para os estudos tecnológicos foi obtido na região sudoeste do Estado de São Paulo, município de Presidente Venceslau, Regente Feijó, Coroados e de Araras.
Zonas de maior ocorrência A espécie Aspidosperma Plyneuron Muell.Arg, ocorre em toda bacia do rio Paranapanema, abrangendo os estados de Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Rondônia, São Paulo, Paraná e Santa Catarina, atingindo a Argentina e Paraguai: Sul do estado da Bahia e norte do Espírito Santo, estendendo-se pelo vale do Rio Doce e zona da mata no estado de Minas Gerais.
Caracteres gerais Madeira pesada; cerne variando do róseo-amarelado ao amarelado queimado, levemente rosado, mais freqüentemente vermelho rosado, uniforme ou com veios ou manchas escuras; textura fina; superfície sem lustre e lisa ao tato; cheiro imperceptível, gosto ligeiramente amargo.
Caracteres anatômicos Parênquima axial indistinto mesmo sob lente; apotraqueal, difuso, células esparsas entre as fibras; óleo-resina presente. Poros/Vasos visíveis só sob lente, mesmo assim torna-se difícil distingui-lo individualmente devido a aproximação dos mesmos; solitários em maioria , alguns geminados, raros com mais poros; muito pequenos a pequenos, 20 a 90 µm de diâmetro tangencial;muito numerosos, em média 50 a 80 por mm2; placa de perfuração simples; pontuação intervasculares em pares areolados em disposição alterna; muito pequenas, diâmetro de 3 µm. Raios no topo, muito finos, muito numerosos, pouco realçados, visíveis somente com a ajuda de lente; na face tangencial; mesmo sob lente, são pouco visíveis, irregularmente dispostos; sem contraste na face radial;predominantemente homocelulares, ocasionalmente heterocelulares; de 1 a 3 células de largura , predominando os bisseriados, raros trisseriados; numerosos, 7 a 9 por mm; extremamente baixos , até 400 µm de altura, e até 30 células; óleo-resina abundante; pontuação radiovasculares do mesmo tipo das intervasculares. Fibras com pontuação areoladas, distintas, paredes grossas. Camadas de crescimento pouco demarcadas por zonas escuras ocasionadas por fibras de paredes mais grossas
Durabilidade natural A madeira de Peroba-Rosa, em ensaios de laboratórios, demonstrou ter baixa resistência ao ataque de organismos xilófagos.
Tratamento preservante A madeira de Peroba-Rosa,por ter seus poros diminutos e parcialmente obstruídos por óleo-resina e tilos, em tratamento sob pressão, demonstrou ser de baixa permeabilidade às soluções preservantes.
Principais aplicações A madeira de Peroba-Rosa, por ser resistência mecânica e retratibilidade médias é indicada principalmente, em construções civil, como vigas, caibros, ripas, marcos de portas e janelas, venezianas, portas, portões, rodapés, molduras, tábuas e tacos para assoalhos, degraus de escada, móveis pesados, carteiras escolares, produção de folhas faqueadas, contrução de vagões, carrocerias, dormentes, formas para calçados, Dormentes dessa madeira sem tratamento preservante apresentam uma vida útil média de 6 anos.
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Piquia
Procedência O material lenhoso para os estudos tecnológicos foi obtido na região de Belém, Estado do Pará.
Zonas de maior ocorrência A espécie Caryocar villosum (Aubl.) Peres. Ocorre com certa freqüência em toda Amazônia, compreendendo os Estados do Amazonas e Pará, em matas de terra firme. É comum também no território do Amapá.Em toda a Amazônia, o nome PIQUIÁ define essa espécie. Eventualmente é conhecida por PIQUI ou PITIÁ. A madeira de PIQUIÁ é muito semelhante, tanto pelo aspecto como pela estrutura, com a madeira de PIQUIARANA*-C glabrum (Aubi.) Peres, comum também nos Estados do Amazonas e Pará.
Caracteres gerais Madeira pesada; cerne recém-polido, branco levemente rosado, passando geralmente a bege-amarelado ou também pardo-claro-amarelado ou também pardo-claro-amarelado; textura grossa; grã diagonal e revessa; superfície irregularmente lustrosa, medianamente ásperas, ou mesmo áspera ao tato; cheiro suave de fermento ou de vinagre; gosto imperceptível.
Caracteres anatômicos Parênquima axial distinto só sob lente, apotraqueal difuso e subagregado em segmentos de linha, que se interligam, formando uma trama irregular o parênquima paratraqueal aliforme às vezes presente, é escasso; séries cristalíferas presentes. Poros/Vasos bem visíveis a olho nu; solitários e múltiplos 2 a 3 raramente com mais poros; muito poucos a poucos, 2 a 7 por m², geralmente médios a grande, 180 a 330 μm de diâmetro tangencial; maioria obstruídos totalmente por tilos; pontuações intervasculares em pares areolados, alternas, fendas inclusas placa de perfuração simples. Raios no topo, finos e muito numerosos, só visíveis sob lente; na face tangencial, irregularmente dispostos, pouco visíveis mesmo com ajuda de lentes; de numerosos a muito numerosos, 10 a 18 por m; extremamente baixo com 2 a 25 células de altura; pontuações radiovasculares em pares semiareoaladas ou simples, dispostos de forma e arranjo irregulares. Fibras de paredes espessas, pontuações simples. Camadas de crescimento marcadas por zonas fibrosas bem regulares e, eventualmente, pelo parênquima marginal.
Durabilidade natural A madeira de PIQUIÁ, em ensaios de laboratório, demonstrou ter alta resistência ao ataque de organismos xilófagos.
Tratamento preservante A madeira de PQUIÁ, em ensaios de laboratório, quando submetida à impregnação sob pressão, demonstrou ser de baixa permeabilidade às soluções preservantes.
Celulose para papel A análise química da madeira de PIQUIÁ revelou em teor de celulose Cross & Bevan de 54,1% e teor de lignina de 30,7%.A madeira deslignificada até numero de permagnato de 15,6 produziu 40,9% de pasta depurada e 6,0% de rejeitos. As fibras de pasta celulósica apresentaram um comprimento médio de 1,94 mm e largura média de 22,69mm. Os ensaios mecânicos do papel produzido no laboratório a partir da celulose refinada até 51 SR indicaram valores de 6 304 m para o comprimento de auto-ruptura e fato de rasgo de 191,3.
Substâncias tanantes A substância tanantes, determinadas em extrato aquoso de casca e madeira, não apresentaram interesse econômico pelas pequenas quantidades obtidas.
Principais aplicações A madeira de PIQUIÁ, por ser pesada, de resistência mecânica entre média e alta e por ter boa durabilidade natural, é indicada para construções externas como dormentes, postes, estacas, mourões, cruzetas em construção civil, como vigas, caibros, tábuas para assoalhos; em construção naval, como costados, cavemanes e conveses, quilhas, estacas marítimas; em construção de barris de vinho, cerveja defensas etc.
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Sucupira
Procedência O material lenhoso para os estudos tecnológicos foi obtido na região amazônica, Estado do Pará.
Zonas de maior ocorrência A espécie Bowdichia nítida (Spr.) Benth, é própria da mata de terra firme e ocorre com maior freqüência no Estado do Pará, dispersando-se até o rio Negro, bem como no Estado de Rondônia.
Caracteres gerais Madeira pesada de dura ao corte; alburno diferenciado, muito estreito de 1 a 2 cm de largura cerne pardo-acastanhado a castanho-escuro; textura média a grossa grã revessa; superfície de pouco brilho e ligeiramente ásperas ano tato; de aspecto fibroso acentuado; cheiro e gosto imperceptíveis.
Caracteres anatômicos Parênquima axial notado a olho nu, aliforme de extensão losangular, ocasionalmente formando curtas confluências e aportraqueal em finíssima linhas marginais com 1 a 2 células de largura, seriado, com 2 a 4 células por série; óleo-resina e cristais romboidais em séries cristalíferas presentes. Poros/Vasos solitários predominantes (71%), múltiplos de 2 e 3 (27%) e raros de 4 poucos e pouco numerosos predominantes (90%); de 3 a 8 poros por m²; médios predominantes (90%), 124 a 248 μm de diâmetro tangencial, média de 171 μm óleo-resina presente; elementos vasculares muito curtos a curtos (100%), de 0,20 a 0,37 mm de comprimento, média de 0,29 mm; pontuações intervasculares alternas, ovaladas a irregulares, guarmecidas de diâmetro médio predominante (63%), de 8 a 13 um de média de 19 mm de diâmetro tangencial; placa de perfuração simples, pouco inclinada a horizontal.Raios bisseriados predominantes (84%) ocorrendo ainda uni (4%), localmente bi (10%) e trisseriados; (2%) extremamente baixo, de 0,22 a 0,30 mm de altura, média de 0,21mm; de 3 a11 células de altura; pouco numerosos e numerosos predominantes (92%), de 3 a 11 raios por mm; homocelulares e heterocelulares, com uma camada de células marginais quadradas; pontuações radiovasculares semelhante às intervasculares, estratificação e óleo-resina presentes. Fibras libriformes, estreitas predominante (97%), de 10 a 24 μm de largura, média de 16 μm curtas predominantes (73%), de 0,90 a 2,15 mm de comprimento, média de 1,25 mm e de paredes muito espessas. Estratificação do parênquima axial, radial e elementos vasculares. Camadas de crescimento indistintas.
Durabilidade natural A madeira de SUCUPIRA; em ensaios de laboratório, demonstrou ser resistentes ao ataque de organismos xilófagos.
Tratamento preservante A madeira SUCUPIRA, em ensaios de laboratórios, quando submetidas à impregnação sob pressão, demonstrou ser impermeável às soluções preservantes.
Principais aplicações A madeira de SUCUPIRA, por apresentar propriedades físico-mecânicas altas a médias, pode ser usada para vigas, caibros, ripas, marcos de portas e janelas, tábuas e tacos para assoalhos, lambris, guarnições, móveis, lâminas faqueadas decorativas, objetivos de adorno, peças torneadas, cruzetas, dormentes etc.
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Tatajuba
Procedência O material lenhoso para os estudos tecnológicos foi obtido na região de Curuá-Uma Estado do Pará.
Zonas de maior ocorrência A espécie Bagassa guianensis Aubi ocorre em matas de terra firme, nos Estados do Acre,Rondônia,Amazonas,Pará e Maranhão. Além do nome TATAJUBA, essa espécie é conhecida, ainda no Estado do Amazonas por BAGACEIRA e AMAPARIRANA, e por GARROTE, no Estado de Rondônia.
Caracteres gerais Parênquima axial indistinto sob lente vasicêntrico escasso às vezes ligeiramente aliforme, com 3 a 4 células de largura; seriado, com 2 a 5 células por série; presentes cristais rombaidais eventualmente em células comuns. Poros/Vasos notados a olho nu; grandes predominantes (74%) e médios (26%), variando de 147 a 284 μm, média de 218 μm de diâmetro tangencial; solitários (67%) e múltiplos de 2 a 4; muito poucos a pouco numerosos, variando de 0 a 6, média de 3 poros por m²; obstruídos por tilos; elementos vasculares muito curtos a longos predominando os curtos (62%), variando de 210 a 640 μm média de 374 μm de comprimento; placa de perfuração simples; pontuações intervasculares alternas, circulares a ovalados; média a grande, variando de 8 a 11 μm médias a grandes variando de 8 a 11 μm média de 9 μm de diâmetro tangencial. Raios visíveis a olho nu no topo e somente sob lente na face tangencial, na face radial o espelhado dos raios é pouco contrastado; bi a tetrasseriados, predominando os bi (50%) e trisseriados (42%); heterocelulares extremamente baixos (60%) e muito baixos (40%), variando de 0,3 a 0,80 mm, média de 0,48, variando de 0,3 a 0,80mm media de 0,48 mm de altura, com 8 a 39 células de altura; pontuações radiovasculares arredondadas; tubos laticíferos presentes e cristais romboidais abundantes em células comuns.Fibras de pontuações simples; muito curtas (20%) e curtas (80%), variando de 0,80 a 1,47mm, média de 1,12 mm de comprimento estreitas predominantes (96%) e médias de 13 a 28 μm, média de 19 μm de largura; de paredes espessas predominantes (87%), menos freqüentes as delagadas e muito espessas.Camadas de crescimento ligeiramente demarcadas por zonas fibrosas.
Durabilidade natural A madeira de TATAJUBA, em usina de preservação, em tratamento sob pressão com creosoto, em dormentes ferroviários, apresentou média de absorção de 16 kg/m3, o que demonstrou que essa madeira pode ser considerada impermeável ou de muito baixo permeabilidade às soluções preservantes.
Principais aplicações A madeira de TATAJUBA, por ser pesada, de propriedades físico-mecânicas altas a médias, pode ser usada em construção civil, como vigas, caibros, ripas, marcos de portas e janelas, rodapés, tábuas e tacos para assoalho, cruzetas, dormentes em construção naval, cabos de ferramentas, lâminas decorativas, artigos de esporte, moveis, esquadrias defensas etc.
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